Além dos vários obstáculos que todo negócio já enfrenta para prosperar, uma empresa familiar possui desafios próprios. Mas, quando há uma boa gestão, eles podem ser superados.
De acordo com uma pesquisa do Sebrae, 57% das micro e pequenas empresas brasileiras possuem familiares entre os sócios e colaboradores. Isso quer dizer que o papel desses negócios é crucial não só para as próprias famílias, mas para a economia do país.
Preparamos este artigo para te explicar o que é uma empresa familiar, seus principais desafios e como você pode gerenciá-la bem para ter sucesso. Continue a leitura!
Considera-se uma empresa familiar quando proprietários e sócios são membros da mesma família. Seja por vínculos de sangue ou por casamento, esses familiares um dia sonharam e decidiram colocar em prática a criação de uma empresa.
Nesses casos, conforme o empreendimento cresce, é comum que outros familiares também passem a fazer parte do negócio, ocupando cargos de gerência e demais postos de trabalho.
Outra situação bastante comum é que a empresa seja herdada pelas gerações seguintes à dos fundadores. Esta prática faz com o que negócio permaneça dentro da família, porém assumido por novos gestores.
Quando há a mistura de família com negócios, podem haver alguns contratempos a mais na gestão. Isso porque nem sempre é fácil separar assuntos pessoais dos profissionais, causando algumas situações delicadas.
É importante conhecer quais os principais desafios em uma empresa familiar para que você possa se prevenir ou corrigi-los a tempo. Os mais comuns são:
Apesar dos desafios, também há várias vantagens ao assumir este tipo de negócio. Para isso, adote boas práticas de gestão desde o começo, e assim a passagem de bastão para as futuras gerações será mais tranquila
Confira logo abaixo o que fazer ao assumir a liderança do negócio.
Talvez pareça uma questão apenas burocrática, mas definir e respeitar o organograma de uma empresa familiar é essencial.
É muito comum que os membros com mais idade julguem-se aptos para interferir em diferentes setores, mas isso gera vários problemas a médio e longo prazo. Além disso, se os papéis e funções não forem bem definidos, as responsabilidades tendem a ficar confusas e causar conflitos no ambiente de trabalho.
Logo, se sua ótica ainda não possui um organograma definido, faça ainda este ano. Para isso, converse e explique a importância e benefícios desta ação para todos os familiares envolvidos.
Imagine como o melhor atendente da sua ótica sentiria ao perceber que somente membros da família são promovidos ou gratificados. Sem dúvidas essa frustração vai causar uma queda de desempenho ou, até mesmo, a perda desse talento para um concorrente.
Por isso, não se deve privilegiar membros da família, por maior que seja a ligação afetiva. Para isso, tenha um sistema de regras e metas claras para conceder benefícios aos colaboradores por mérito, e não por razões pessoais.
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Assim como você deve evitar levar problemas de trabalho para a convivência familiar, é preciso deixar os assuntos de família fora da empresa.
Quaisquer questões ou problemas que ocorram entre os parentes não devem atrapalhar o andamento das tarefas e do negócio. Além de ser antiético, os assuntos familiares podem constranger os demais colaboradores.
Confundir o patrimônio familiar com o da sua ótica é um grande erro. Cada colaborador da família deve ter o seu pró-labore ou salário definido, e jamais considere retirar valores extras do caixa para sanar contas pessoais ou de algum parente, sem exceções.
Por isso, leve a sério o planejamento contábil da empresa familiar e tenha um contador profissional para cuidar disso.
Não é porque você é da família ou fundou a empresa que deve se acomodar e não se preocupar mais em estudar. Ao contrário, para que a sua ótica prospere, foque em se qualificar ainda mais.
Também é importante estimular a capacitação em todos os colaboradores, procurando contratar e dar melhores posições a quem realmente se qualificou e desenvolveu habilidades. Afinal, é preciso dar tratamento e oportunidades iguais à todos da sua ótica.
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Caso tenha herdado o comando de uma empresa ou tenha sido convidado a trabalhar nela, não conte somente com o laço familiar para tocar o cargo.
Como dissemos no tópico anterior, nunca pare de se capacitar. Por isso, estude muito bem o mercado óptico da sua região e também dados internos da ótica para que, assim, você possa contribuir com seu sucesso.
Por fim, o ideal é que a sucessão da gestão seja feita de forma gradual. Assim, o atual fundador ou diretor tem tempo para preparar aos poucos o sucessor da família a assumir a gestão.
Com isso, há menos chances de instabilidades internas que afetem a qualidade do atendimento prestado e confiança dos clientes e fornecedores.
Afinal, uma empresa familiar é um negócio como outro qualquer. E você deve guiá-lo de forma profissional e responsável, sem deixar que as relações familiares interfiram na gestão.
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